Por meio de comunicado a Associação Nacional das Farmácias (ANF) alertou acerca da vulnerabilidade financeira que acomete as farmácias em todo o território nacional.

Segundo Nuno Flora, secretário-geral da associação, o principal motivo para esta situação é a “redução das margens de lucros e o preço dos medicamentos”. Ele admite a dificuldade de acesso aos medicamentos pela menor “capacidade financeira das farmácias em manter em stock um elevado número de medicamentos”.

Estas adversidades económicas colocam em causa a sobrevivência das farmácias em todo o país. Contornar os impactos provocados pelo preço dos medicamentos e pela margem de lucro reduzida passou a ser um dos principais desafios do setor. 

A modernização da gestão empresarial foi o caminho encontrado pelo farmacêutico José Miguel. Em 2012 ele começou a sentir os efeitos da perda de margem no preço dos medicamentos, e sentiu-se pressionado a reduzir custos para que pudesse manter-se de portas abertas, e ainda quatro postos de trabalho. Com a baixa competitividade de seus produtos – entre  2012 e 2014 – a farmácia de José Miguel vivenciou seus momentos mais difíceis: À beira da insolvência e próxima de ser alvo de penhora judicial, por muito pouco não foi à falência. Na altura o pequeno empreendedor travou uma verdadeira batalha para manter seu negócio.

Diante deste cenário José Miguel investiu na modernização de sua gestão, realizou melhorias no sistema informático e processos de atendimento e, diante da margem de lucro reduzida, apostou na redução de perdas e riscos.

“Trabalhamos com uma margem de preços que não admite perdas. Uma única indenização qualquer pode colocar em causa todo o lucro de meses de trabalho, e neste sentido é fundamental contar com o apoio de um agente que resolva meus problemas e que me oriente com todos os esclarecimentos necessários para que eu não tenha preocupações futuras e perdas com sinistros.”, referiu José Miguel. 

Neste cenário, para além das coberturas de seguros obrigatórios, como “acidentes de trabalho” e “responsabilidade civil”, o empreendedor ainda passou a oferecer aos colaboradores seguro saúde e seguro de vida. Desta maneira, além de obter benefícios fiscais conseguiu aumentar a motivação da equipa, o que – aliado às mudanças operacionais e de atendimento – provocou significativo aumento nos resultados. Desta maneira, desde 2015 a farmácia do José Miguel duplicou sua receita e ainda abriu dois postos de trabalho adicionais.

José Teixeira é responsável pelas apólices da farmácia e da família de José Miguel, e também atende outras dezenas de farmácias em Portugal que vivenciaram (ou vivenciam) situações econômicas difíceis. Somente em 2017 sentiu um aumento de mais de 45% nas solicitações de seguros para farmácias. 

“Os seguros já não são mais vistos como gastos, e sim como investimentos importantes para a diminuição de riscos de perdas com sinistros. Como conhecemos a realidade deste setor, acabamos por oferecer soluções realistas e que promovem a tranquilidade para que o farmacêutico se preocupe apenas em gerir o seu negócio”, referiu José Teixeira, da Horizonte Sólido.

Além da prevenção para que não hajam perdas com sinistros é importante que seja realizada uma gestão eficiente e modernizada. São indispensáveis o uso de softwares de gestão especializados e integrados (especialmente para redes de farmácias), austeridade no controle financeiro, atendimento proativo e especializado, fidelização dos clientes, ajustes na imagem e comunicação e o uso inteligente de meios digitais.

Outra hipótese que deve ser somada às ações é o investimento em marketing de diferenciação. É o que aponta Jorge António, consultor da Empreendedoria.

“Em setores onde a concorrência é grande e a margem é pequena, a receita é a diferenciação. Trata-se de um conjunto de ações e posicionamentos que fazem seu cliente ver sua marca como única. Assim fazem desde pequenas farmácias bem-sucedidas à grandes redes pelo mundo que iniciam conceitos próprios e criam um ADN próprio em sua comunicação, de modo a sair da mesma “estrada” percorrida por seu concorrente”, referiu Jorge António.

Facto é que criatividade, inteligência e trabalho são indispensáveis para superar crises, e em todos os casos, a redução de custos com o investimento em prevenção de perdas e riscos são passos que podem ser decisivos para a sobrevivência de qualquer negócio, afinal como diziam nossos avós: melhor prevenir, à remediar.

Serviço:

Horizonte Sólido (José Teixeira – Agente de Seguros) – 214 302 477 | 969 951 053